Vendas antecipadas da safra atual superam média dos últimos anos nas principais regiões produtoras.

Os trabalhos da safra 2020/21 de café ainda começam a ganhar intensidade nas principais regiões produtoras do Brasil e em grande parte das regiões, 35% ou mais da safra já foi comercializada. Após enfrentar os preços abaixo do esperado pelo mercado em grande parte do ano de 2019, produtores aproveitaram as explosões de preços no mercado futuro em novembro do ano passado e a sequência de valorização para fazer as travas e garantir a comercialização. Vale lembrar que o Brasil passa por um momento histórico de estoques quase zerados nas principais regiões produtoras e que todo o mercado aguarda pela entrada da nova safra.

Em Minas Gerais, que corresponde a pouco mais de 50% da produção do café brasileiro, segundo a Cooxupé, 60% da safra já foi comercializada. De acordo com a cooperativa, os negócios agora neste momento de colheita e de baixas para o mercado estão mais lentos, mas a grande parte foi vendida com uma média de R$ 520,00. Preço considerado positivo pela cooperativa.

Ainda falando sobre as produções mineiras, nesta quinta-feira (28), a Cooxupé informou que a colheita no sul de Minas Gerais está em 6% e ocorre sem maiores problemas. Havia uma incerteza no mercado quanto à mão de obra a ser contratada devido a pandemia do Coronavírus.

Na região da Alta Mogiana, em Franca/SP, alguns produtores já iniciaram os trabalhos de colheita, também sem enfrentar grandes problemas. Ricardo Lima de Andrade – superintendente da Cocapec, destaca que até o momento cerca de 20 mil sacas já chegaram na cooperativa, com a expectativa de mais intensidade na colheita com a chegada do mês de junho.

Já sobre a comercialização, Ricardo afirma que entre 35 e 40% da safra também já está vendida. O preço médio é ainda mais expressivo, ficando entre R$ 550,00 e 620,00. “O produtor tomou a decisão de comercializar com preços melhores em função da desvalorização do real ante ao dólar”, confirma. Ainda de acordo com Andrade, o produtor local continua aproveitando as ferramentas de trava no mercado futuro. “É uma safra de ciclo alto e o produtor está muito maduro, prestando atenção e fazendo uma excelente gestão”, destaca.

Fonte: Noticias Agrícolas